Trabalhar com vendas é desgastante, e isso é um fato. Pessoas não são como máquinas, logo, elas tendem a ser imprevisíveis em muitos momentos, o que pode ser um pouco trabalhoso.
Só que apesar de todos os fatores, e até mesmo pesquisas, comprovarem quão desgastante essa atividade pode ser, o vendedor ainda é visto como uma figura que não precisa se esforçar.
Se você for mulher, esse desgaste pode ser ainda pior.
No dia internacional das mulheres resolvemos abordar esse assunto um pouco mais a fundo e apresentar os principais desafios de ser mulher no mercado de vendas.
Veja a seguir:
De fato, as mulheres são maioria no segmento de vendas.
Embora isso seja uma conquista em uma sociedade que desqualifica e descredibiliza profissionais do gênero feminino, essa não é uma história tão bonita.
Quando a revolução industrial aconteceu, mulheres e crianças eram vistos como uma mão de obra barata e substituível, pois ainda se acreditava que a única serventia da mulher estava limitada a tarefas domésticas.
Embora naquela época não existisse muito poder de escolha, às mulheres ainda tinham duas opções: trabalhar no lar e sem remuneração, ou se sujeitar a uma longa jornada de trabalho em funções mal remuneradas.
Com uma alta demanda, e um movimento em prol do trabalho feminino, as mulheres passaram a ser contratadas com condições desiguais, as tornando uma mão de obra barata.
Enquanto as mulheres passavam a dominar as fábricas, nunca passando dos porões, alguns homens tinham uma situação relativamente melhor e dominavam os altos cargos.
Essa dinâmica se arrastou por anos, tanto que essa desigualdade de condições trabalhistas foi uma das pautas que motivaram as mulheres a saírem nas ruas no começo do século 20, o que, futuramente, contribuiu para que fosse instaurado o dia internacional das mulheres.
Você deve estar se perguntando como as mulheres se tornaram maioria em vendas, certo?
Com o passar dos anos, elas começaram a sair dos fundos das fábricas e tomaram as frentes das lojas. No mesmo ritmo em que os homens subiam cada vez mais.
Os motivos não eram muito diferentes, e até um pouco mais agravantes, pois apesar de serem descredibilizadas, ainda eram escolhidas por serem uma mão de obra mais barata e mais atrativas para o público masculino, que ainda tinha um poder de compra maior, já que ganhavam mais.
Essa dominância se manteve até os dias de hoje.
Segundo a Abevd – a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas –, as mulheres dominam 90% do mercado de vendas diretas.
Esse dado reflete diretamente a história da mulher no mercado de trabalho, pois desde que começaram a ser introduzidas, as oportunidades sempre se restringiam aos cargos de vendas, não só por serem mulheres, mas também por entenderem que vendas eram algo fácil, que não necessitava estudo ou esforço, o que sabemos que é mentira.
Vender é uma arte que demanda esforço, dedicação e muito estudo.
Ser mulher em vendas é algo extremamente desgastante, e quando se olha para os desafios diários que essas mulheres precisam enfrentar, tudo se torna mais difícil ainda.
Se engana quem pensa que esse desgaste é proveniente da discriminação parte somente das empresas e dos contratantes. Se você – mulher – trabalha com vendas, provavelmente já deve ter escutado a seguinte frase em algum momento da sua carreira:
“Consigo falar com o seu superior? Ou alguém que possa me ajudar?”
Mas se as mulheres são maioria, porque ainda são vistas como minoria?
Mesmo com todo avanço e conquistas femininas, ainda assim é comum ver empresas que as tratam como inferiores, ou objetos, por simplesmente serem mulheres.
O ambiente de trabalho pode ser cruel, uma mulher que trabalha com vendas pode, por exemplo, passar por essas situações:
Em nosso canal temos um vídeo em que tratamos alguns desses tópicos, vale a pena conferir:
Algo que também precisa ser ressaltado, é que as mulheres têm uma maior dificuldade de subir nas empresas, mesmo que muitas vezes tenham mais capacitação e domínio, essa resistência é algo que lentamente está sendo quebrada, mas ainda assim existe.
Mulheres em posição de liderança em vendas, enfrentam os mesmos desafios, senão piores, pois sentem uma pressão ainda maior.
Inegável que estar em um ambiente de trabalho onde se é menosprezado e não tem o seu real valor reconhecido é desgastante.
Estamos inseridos numa cultura que beneficia os homens. Escutamos desde muito cedo que devemos aceitar, e não rebater, esse tipo de comportamento.
Para começar a quebrar esse muro que nos separa, devemos ser as primeiras a remover os tijolos.
Embora já estejam discutindo formas de trabalhar essa desvantagem, algumas atitudes podem ser tomadas a fim de superar esses desafios, de maneira didática e que abre uma discussão saudável:
No entanto, tenha cuidado.
No momento em que você aponta o dedo ou questiona o comportamento dos seus colegas de trabalho, um conflito pode ser gerado.
Apesar dessas "respostas" serem uma forma de se impor, ficar entrando nesse quesito constantemente pode ser perigoso e levar a demissão.
É preciso prudência quando for rebater um desses comportamentos, mesmo que seja necessário, o resultado pode não ser tão eficaz.
Quer se inspirar e se tornar uma vendedora ainda melhor? Separamos 3 mulheres que são inspiração pura. Confira:
Nascida no dia 9 de outubro de 1951, Luiza é uma empresária brasileira que comanda o Magazine Luiza, uma das maiores redes de varejo do país.
Quando assumiu a loja da família, a mais de 27 anos atrás, as lojas ainda eram uma rede localizada no interior de São Paulo. Com muita determinação, foco e inteligência de mercado, Luiza conseguiu expandir seu mercado e fazer com que a loja se tornasse uma das principais do mercado.
Algumas atitudes que tomou fizeram com que isso acontecesse, tais como:
Em 2020 seu patrimônio já beirava os 5 bilhões de reais, a tornando a mulher mais rica e poderosa do país, e em 2021 entrou para a lista da Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.
Nascida em Long Island, Nova York, em 15 de fevereiro de 1956, Joy Mangano é uma empresária e inventora conhecida por inventar produtos domésticos práticos, entre eles o mais conhecido como esfregão mágico, o Miracle Mop.
Com um pouco de publicidade e muita habilidade de vendas, Mangano conseguiu vender alguns milhares de esfregões no primeiro ano que os fabricou, com seus filhos ajudando-a a atender os pedidos. O produto, cuja premissa simples combinava durabilidade com fácil torção, já estava ganhando uma pequena posição no mercado quando ela conseguiu chegar na TV.
Quando em 1992 o Miracle Mop foi apresentado sem Joy no QCV, um canal norte-americano focado em divulgar produtos domésticos, ele não se saiu muito bem, então ela sugeriu que se aparecesse na transmissão da próxima vez, o esfregão chamaria atenção.
Foi isso que aconteceu: sua primeira aparição no QVC ajudou o Miracle Mop a esgotar. Mas isso foi apenas o começo, tanto para o Miracle Mop quanto para o sucesso de Mangano.
Em 1999, Mangano vendeu sua empresa, Ingenious Designs, para a controladora da Home Shopping Network, e permaneceu como presidente da empresa.
Sua história já rendeu um filmes, você pode encontrar uma resenha aqui no site: Importantes lições sobre negócio de Joy — O Nome do Sucesso
Nascida em Luiza de Alves, Santa Catarina, em 1959, Sônia Hess de Souza é uma empresária brasileira, vice-presidente do Grupo Mulheres do Brasil e ex-presidente da camisaria Dudalina.
Considerada em 2013 uma das melhores empresárias do país, Sônia é a principal responsável pela empresa ter tido um crescimento tão grande desde 2002.
Mas, essa história começa muito antes de assumir a presidência. Quando em 1957 Duda fez uma compra a mais tecidos, a única opção que tiveram na época foi a confecção de camisetas masculinas, esse erro os levou a verem uma nova vertente de mercado e expandir ainda mais a empresa.
Sonia fez o seu papel e foi para a Espanha estudar modelos de confecção e técnicas que visavam melhorar a confecção da empresa. Ela também investiu tempo para estudar sobre marketing, vendas e negócios.
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